Muitas instituições anteriores ao “35” Centro de Tradições Gaúchas, preocuparam-se com o registro dos hábitos e costumes do Rio grande do Sul. As que mais se salientaram foram a Sociedade Partenon Literário, fundada por Apolinário Porto Alegre, em 18 de janeiro de 1868, que publicou o romance “O Vaqueano e Divina Pastora de Caldre e Fião; e o Grêmio Gaúcho de Porto Alegre, fundado em 22 de maio de 1898, por João Cezimbra Jaques. Este, o primeiro movimento organizado voltado à defesa da Tradição Gaúcha. O Regionalismo surgiu com José de Alencar dimensionando o tipo com suas obras “O Gaúcho e O Sertanejo”. Em 24 de abril de 1948 surge o “35” CTG, com a finalidade exclusiva de promover atividades sociais, voltadas à comunidade tradicionalista. No fim da década de cinqüenta, houve a necessidade de criar o Conselho Coordenador do Tradicionalismo Gaúcho pelo 6º. Congresso Tradicionalista, realizado em Cachoeira do Sul. Para dinamizar a organização, o 12º. Congresso Tradicionalista, realizado em Tramandaí , no CTG Potreiro Grande cria o MTG/RS com o objetivo de congregar as entidades tradicionalistas, preservar o núcleo da formação gaúcha e a filosofia do Movimento Tradicionalista, decorrente da sua Carta de Princípios. Isso tudo não aconteceu por acaso e nem foi elaborado por algumas pessoas. É um movimento com aceitação popular, com proposta definida, onde se defende a igualdade de raça, cor e credo. O CTG foi criado para hospedar a música nativa autêntica, a nossa música pura, sem nenhum adereço, sem mistura de ritmos, sem bateção de pedal e tambor para encobrir a desarmonia dos outros instrumentos. Em CTG não se ouve rocknroll, twist, forró, tchê music, ou qualquer outro gênero musical que não seja pelo menos aculturado no Rio Grande do Sul. Nós, os tradicionalistas preservamos pela nossa cultura, pela nossa língua, pela nossa indumentária, pela nossa música e principalmente pela nossa Pátria, com muito amor e civismo e estamos satisfeitos com o que é nosso, sem precisarmos adicionar nenhum ingrediente apócrifo.
CHEIA DE AGOSTO DE 2006.
CALTARS – ‘TO’