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  • Foto do escritorAldomar de Castro

Semelhanças

Parado. . . cansando de ver e ouvir o elementar dito por pessoas que pretendem ser exatamente o que não são. Imaginem os senhores, um elefante querendo desempenhar a função de um beija-flor, pousando de flor em flor, sugando o néctar para sua sobrevivência ou uma baleia desempenhando o papel de borboleta. Por falar em borboletas, nós brasileiros aplicamos o termo “borboleta” a todos os lepidópteros diurnos, cujas antenas são clavadas, isto é, em forma de clavas. Os lepidópteros noturnos ou crepusculares são conhecidos entre nós por mariposas, que para o desavisado, a diferença é mínima, são somente, pequenos voadores. Desta forma, muitos e muitos fatos, aspectos, estórias, “personalidades”, etc. querem ser, mas não conseguem. Ao observarem o rebanho, deslocando-se tranqüilamente pela pastagem afora, vestem a pele de ovelha querendo ser lobo. Nosso País permite o exercício de diversas culturas aloctones, com extraordinário fulcro da comunidade nacional. Cada pessoa busca o ambiente que deseja participar e, caso não encontre um ambiente que satisfaça suas sofisticadas exigências: profissionais, religiosas ou sociais, crie o seu ambiente. Faça o que deseja, satisfaça suas necessidades pessoais transformando seu sonho em realidade. Construa seu império do tamanho da sua competência e nele, hospede todos os que comungarem da mesma escala de valores adotada pelo construtor. A ética não recomenda que se invada a casa dos outros com pretensões de ditar normas. Façamos a nossa casa e elejamos um elenco de normas para que os freqüentadores as observem e respeitem. Sem mais analogias nem divagações, comparações ou qualquer outro recurso, refiro-me aos tradicionalistas e aos “nativistas”. Aqueles, foram sazonando suas atividades rurígenas, até atingir o que com orgulho podemos chamar de escola informal, onde o avô participa da mesma atividade social com os filhos e netos, num ambiente simples, mas saudável e de respeito, transmitindo informações tradicionais referentes a cultura que estóicamente forjou nosso potencial. O Movimento Tradicionalista Gaúcho do Rio Grande do Sul, tem por objetivo congregar os “Centros de Tradições Gaúchas” e preservar a filosofia da Carta de Princípios e as decisões tomadas em Congressos Tradicionalistas. Nós os tradicionalistas quando freqüentamos outras instituições sociais, tão-somente, acatamos a normatização vigente naquela instituição, nem se quer, sugerimos mudanças alegando inovações. Também não é da nossa “tempra” obrigar pessoas com outra filosofia de vida, que cultuam e adotam outros valores, permaneçam entre nos causando intranqüilidade e dissabores. O tradicionalismo é para ser cultuado pelos tradicionalistas e, os que não apreciam, não aceitam nossa escala de valores devem procurar o ambiente que se assemelhe aos seus anseios. Não entendemos porque essas pessoas insistem permanecer entre nós, destilando sua insatisfação com conversas de “acoar em sombra de corvo”, para os autóctones, o que significa “fazer buraco n’agua”, para os que não tiveram a felicidade de cultuar nossos hábitos e costumes, mesmo sendo nato desta querência. Estes que não sabem . . . ou envergonham-se das suas raízes procuram demonstrar ser elemento de outra cultura, porém, fica claro que não conhece nenhuma das duas. Seja você mesmo, autêntico, sem rancores. Estude e cultue os hábitos da sua rua, da sua vila, do seu bairro, assim você será membro de uma cidade que conta com pessoas que conhecem seu potencial. De maneira autêntica participará de uma Unidade da Federação Brasileira que sabe onde pode chegar. Quem está em harmonia com o seu grupo não procura aventuras em outros. Seja o que realmente você deseja ser sem perturbar os que tem postura definida e sentem-se satisfeitos no ambiente que elegeram para desempenhar suas atividades sociais. Cada um tem o seu tipo e, para que você consiga mantê-lo há de respeitar o dos seus semelhantes. Caso contrário, você corre o risco se ser destipificado. Em outras palavras: Quem pretende mudar tudo o que existe, acaba querendo mudar o que não existe

CRESCENTE DE JANEIRO DE 2003

.CALTARS – “TO”

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