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  • Foto do escritorAldomar de Castro

Nato, Nativo, Nativismo

Partindo do genérico para o particular, tivemos superficialmente, informações neste veículo de comunicação sobre, Folclore, Tradição e desta feita, sobre Nativismo. Alguns, até insistem que o nativismo é mais aberto, permite modificações ou atualizações, é mais leve. Isto na opinião dos que assim entendem. E então, vamos ver se realmente é assim. Nosso vernáculo, mais uma vez, busca no latim, a origem etimológica do termo NATO, (lat. natu) que significa, simplesmente, nascido neste lugar. É ainda , o termo usado no sentido que não se afasta do original é o que vem, que surge naturalmente, sem precisar praticar qualquer outro ato ou tomar outra medida diversa da originária. Limita, portanto, a uma área geográfica, as atividades desenvolvidas naquele lugar para serem consideradas nativas. Esta área poderá ser uma cidade. Quem nasce na cidade Tal, é natural, é nato, é nativo da cidade tal. Quando a idéia toma maior proporção, abrangendo diversos municípios que compõem uma região, neste caso, o nato passa a ser todos os fatos e atos praticados ou desenvolvidos nessa região. Um exemplo facílimo de entendermos: quem nasce no Brasil é brasileiro, é natural, é nato do Brasil como país. Quem nasce no Rio Grande do Sul é gaúcho, mas não deixa de ser brasileiro, pois o RS é uma unidade da Federação Brasileira. Continuando o exemplo, chegamos até o município. Quem nasce em Porto Alegre é Porto-alegrense, sem deixar de ser gaúcho e nem de ser brasileiro. Quanto ao nativo, conceitua-se com muita semelhança, visto que, adjetiva a mesma origem ( Lat. nativus), vulgarmente usa-se para designar o que vem da natureza. Nativo, é próprio do lugar, nascido. Tem valor equivalente ao nacional que diferencia apenas do estrangeiro. Por esse motivo que se diferencia a procedência de uma pessoa ou ato na condição de nativo de diversos lugares, mesmo dentro do mesmo país. Nativismo, vem de nativo, assinala os sentimentos de apego ao lugar de origem ao nato ou prevenção de pessoas nascidas em um país em relação a fatos ou pessoas de outras origens. Considera-se qualidade ou estado de elevado apego ao nato ou aversão a elementos estrangeiros ou diversos de sua origem. O espaço e o tempo são adquiridos pelas suas próprias sensações e não por experiências. Nativista, sem dúvida nenhuma é, pura e simplesmente, a pessoa que pratica o nativismo. Com estas considerações, já possuímos elementos suficientes para contestarmos quem diz que o tradicionalista é diferente do nativista. Observa-se que não é possível existir o tradicionalista, sem antes estar investido no estado de nativista, pois o exercício do nato, do nativo, do nosso é o que dimensiona a possibilidade de praticarmos o tradicionalismo, como repetição dos atos bons, através da entrega de informações de uma geração para outra e assim; sucessivamente. Observa-se que o nato, nativo, nativismo e tradição constituem uma gradação que se aceita, é mantida por determinado espaço de tempo, atingirá o Folclore que permanecerá vivo enquanto houver aceitação e prática por determinado grupo.

CHEIA DE OUTUBRO DE 2008.

CALTARS – “TO”.

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