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  • Foto do escritorAldomar de Castro

Congresso Tradicionalista Gaúcho

O Congresso Tradicionalista Gaúcho é o forum competente para traçar os rumos doutrinários e filosóficos do Movimento Tradicionalista Gaúcho do Rio Grande do Sul. Ocorre, anualmente, desde o ano de 1954, com exceção dos anos de 1962 e 1968. Os Congressos, não fogem a regra a outros eventos, uns apresentam temários mais interessantes, outros nem tanto. Exemplos: O sexto Congresso criando o Conselho Coordenador e adotando o Major do Exército João Cezimbra Jacques, como Patrono do Movimento Tradicionalista Gaúcho do Rio Grande do Sul. O oitavo, reconhecendo a Carta de Princípios. O décimo segundo realizado em Tramandaí, em outubro de 1961, criando o Movimento Tradicionalista do Rio Grande do Sul. Assim, os Congressos vão registrando a história e o rumo do tradicionalismo gaúcho. É obvio que o sucesso, o interesse dos congressistas depende muito da necessidade determinada pelas circunstâncias do momento e das teses que compõem o temário da edição do conclave. Este ano o Congresso Tradicionalista, realizou-se em Bagé de 09 a 11 de janeiro. As acomodações, apenas satisfizeram precariamente as necessidades, tanto para realização das plenárias quanto para a realização das outras atividades inerentes ao Congresso. Este evento já é tradicional em nosso meio, porém, devemos reunir forças para que nossos Congressos não fiquem apenas tradicionais. Um evento que se realiza anualmente, onde gaúchos e “gaúchos” apresentam teses, discutem, votam e as aprovam ou não. Claro que sempre será assim, mas a maneira e a postura que devemos manter para desenvolvermos essas atividades, deve ser preservada. Se isto não acontecer, estaremos sujeitos, inclusive, perdermos a identidade. Digo isso porque nesta edição do Congresso Tradicionalista, mesmo sendo o quadragésimo nono, grande número de congressistas, ainda participam do evento trajando peças de indumentárias alienígenas a nossa pilcha. Pior do que isso, muitos desses congressistas desempenhando funções na Instituição, usando a palavra e exercendo o direito do voto. As peças que me refiro são as rastras castelhanas, intrometendo-se, por desinformação ou narcisismo dos usuários, entre nossas guaiacas. Envergonhados cinturões, tentando encontrar espaço fora das suas funções. Facas, que tantos serviços prestaram a prestam ao Rio Grande, roxas de vontade de sair voando da cintura do seu usuário que, desconhece o local e a função dessa peça. Diante desse quadro, como ficam os nossos jovens que buscam conhecimento sobre a nossa cultura? Senhores tradicionalistas, neste início de século é mais do que hora de colocarmos “os pontos nos is”. Quem é tradicionalista participa devidamente pilchado, que não é, mas admira a cultura rio-grandense; deve informar-se para que não cometa tais cangarilhadas. Agora, os que buscam aperfeiçoar seu desvairado vedetismo narcisista em cima da imagem do homem rurígena, estão prestando um desserviço ao Movimento Tradicionalista Gaúcho e a nossa cultura. Urge portanto, uma providência, a qual podemos sugerir: os tradicionalistas continuam participando das atividades do nosso Movimento e, os que estão tradicionalistas ou participam apenas para locupletar-se, que procurem o planeta dos locupletamentos, e não perturbem a mente dos nossos piás que pretendem cultuar nossos hábitos e costumes. Muitos tradicionalistas, já se afastaram do Movimento e, acredito que muitos outros também irão, por não concordarem com a inércia das lideranças do MTG sobre esses acontecimentos. A hospitalidade, a compreensão e o bom senso tem limites. Não podemos admitir que os caranchos tomem conta do rodeio. Não devemos esquecer que, os que não sabem de onde vêm, poderão chegar no lugar que não desejam.

CHEIA DE JANEIRO DE 2004

CALTARS ” TO”

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