Os termos tradição, tradicionalismo, regionalismo e nativismo possuem uma infinidade de conceitos que, com palavras diferentes os autores dizem a mesma coisa. Alguns até confundem ou tentam dicotomizar o tradicionalismo do nativismo. Ressurge o interesse pelo regional em 1947 através de alunos dos Colégios Júlio de Castilhos e Rosário, que formaram o conhecido “Grupo dos Oito”. O Rio Grande do Sul teve seu território pulverizado de CCTTGG. Esses, na maioria, dirigidos por pessoas que não reuniam conhecimento necessário para administrar a instituição tradicionalista, com fidelidade aos objetivos propostos pela Carta de Princípios. Esses administradores, também não demonstravam capacidade de manter o quadro social unido em torno da proposta estatutária, o que por sua vez, dividia o grupo e os descontentes criavam outra instituição tradicionalista, ou outro CTG, na maioria das vezes sem a menor condição de funcionamento. Cria-se uma legião numérica de Centros de Tradições Gaúchas ou similares, iniciam-se as disputas nos Concursos de Prendas, nas FECARS, nos FEGART depois ENART e nos Concursos de Peão Farroupilha. Os participantes, normalmente, são jovens e nem sempre preparados para submeterem-se a competição, que significa ganhar ou perder. Quem ganha passa um ano em reuniões, conferências, cursos e outras atividades do gênero. Quando deixa o cargo, nunca mais aparece na instituição tradicionalista, some. Por não continuar em evidência deixa de ser tradicionalista.Os que perdem já iniciam a debandada, pelo simples fato de ter perdido ou não ter conseguido o que pretendia, por descuido ou despreparo. Necessitamos com urgência preparar melhor os participantes das atividades anteriormente citadas, para que estas deixem de ser elemento de descarte de jovens do meio tradicionalista. Nossas Invernadas Culturais demonstram fraqueza, pois não estão conseguindo desenvolver na juventude o interesse pelo culto tradicionalista, sendo este, apenas objeto de conquista ou disputa e não um procedimento autêntico da nossa Cultura.
Nova de dezembro de 2006.
CALTARS – “TO”