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  • Foto do escritorAldomar de Castro

A V C TRANSITÓRIO

Fui ao banco pagar uma conta,

Depois levar a “veinha” á pintura

Nosso serviço não tem mistura,

Cheguei com a jornada pronta.

Andava como mosca tonta,

Com passos desconcertantes.

Olhei para a comunicante,

Quis perguntar o que te abala.

Senti que me embaraçou a fala,

Foi o que percebi naquele instante

O diretor de ensino determina,

Chamem a dona Maria Elisa.

Quando fui falar não precisa,

Ministraram-me uma aspirina.

Todos queimando adrenalina,

Levaram-me para o Santa Lúcia.

O plantonista agiu com astúcia,

Chamando o doutor Élio Furian. .

Inquiriu se ocorreu pela manhã,

E vamos examiná-lo com minúcia.


O Alexandre e o Lago,

Saram atropelando tudo.

Eu junto mais meio mudo,

Por sorte não gera estrago.

Cheguei rezar para são Tiago,

Rogando proteção e alento.

Quase que caio do assento,

Quando dobrava a esquina.

O mestre pratica e ensina,

Sob qualquer argumento.


Minha voz estava enrolada,

Que nem eu mesmo entendia.

Falavam mais não ouvia,

Minha voz parecia cansada.

Numa atitude apressada,

Decidiu com o doutor Elói.

É somando que se constrói,

Vamos prescrever um exame.

Quatro médicos e uma madame,

Atuando do jeito de herói.


Do exame fui para a uti,

A desculpa é falta de leito.

Matei mais essa no peito,

Mas toda trama eu assisti.

Vamos deixá-lo por aqui,

Onde a vigilância é maior.

Tem médicos ao seu redor,

Para qualquer emergência.

Eu fui “botando” tenência,

Conclui que reclamar era pior.


O doutor Elói Domingues,

Requisita exame por imagem.

Lá fui eu numa carruagem,

Que parecia um marques.

Levaram-me uma única vez,

Voltei com o laudo pronto.

Não havia contraponto,

Para o laudo do cavalheiro.

Este exame era o primeiro,

Por isso não tinha confronto.


R rafa, a s-Suzel e o Gustavo,

Legaram levando-me a exame

Quando for hora me chame,

Que vou ver se me destravo.

Não defendo nem agravo,

Não é da minha competência.

A Cintia com muita prudência,

Identifica mais um trombo.

Fez registro com assombro,

Com diluição nas adjacências.


O doutor Celso ficou sabendo,

Recomendou-me o doutor Fábio.

Consultei meus alfarrábios,

Mas ele não estava atendendo.

Chegarei domingo e te atendo,

No consultório do instituto.

Tudo que falam eu escuto,

Cheguei na hora marcada.

Examinou-me numa olhada,

Por ser um médico astuto.


Prescreveu eco cardiograma,

Prevendo a endarterectomia.

Perguntou-me o que sentia,

Contei-lhe todo o meu drama.

Em tom de quem não reclama,

O. desenhou na contracapa.

Preste atenção neste mapa,

Estenose crítica de carótida.

O que aponta sob minha ótica,

Cirurgia é a próxima etapa.


Da caridade de Ijuí eu baixei,

Para depois ir para o instituto.

Quando for necessário eu luto,

O que tiver que fazer eu farei.

O doutor Fabio disse e eu sei,

Eu vou te fazer um remendo.

A proposta eu aceitei correndo,

Como a bandeira do divino.

Será com pericárdio de bovino,

Que essa carótida eu emendo.


Agradeço a deus e a ciência,

E aos que nela militam.

São sempre os que acreditam,

Sem mascarar aparências.

Com técnica e providências,

Muita energia e sensatez.

Quem sabe não tem talvez,

Assim que a história se foi.

Fiquei meio gente meio boi,

Escrevendo para vocês.



Crescente de março de 2017.

CALTARS – “TO”

José Aldomar de Castro

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